Total de visualizações de página

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Coisa Fantastica


Coisa Fantastica
Em 28 de dezembro de 2011 21:15, ADILSON escreveu:
Caro Amigo Caminha ! Agradeço a generosidade de suas palavras. Nosso projeto "adormece" há 4 anos nas gavetas da FAEMA ou "FALEMA" como diz nosso caro amigo Pfau. Ousamos pensar em "povoar" a mata ciliar do Rio Itajaí ...de Rio do Sul à Itajaí...para quem já viu as cerejeiras no Japão e em Frei Rogégio em SC, ousamos sonhar com estas "galerias" na mata ciliar...após um ano de espera...pela FAEMA...seguimos a orientação de um Engenheiro da EPAGRI..."Dr...plante ! Ningúem vai mandar arrancar !"..Há 4 anos estaomos plantando....mas confesso que sigo com o apoio do Pfau...apenas no deleite de vê-los crescendo e florindo...são amarelos, brancos, roxos, rosas...com predominância amarela. A FURB já abriu aulas inaugurais de Engenharia Florestal com minhas palestras sobre o Ipê. Duas turmas de Eng. Florestais já plantaram comigo...isso tem me bastado. Faço mudas em casa e tem sido meu "bem estar".Seguiremos o caminho...meu temor em muito divulgar através RBS...é "alguma "otoridade" dizer-me que é "proibido plantar na beira do rio" sem "autorização"...pois hoje há regras de tudo proibir...vamos plantando de mansinho....assim tornar-se-ão fortes e vigorosas e ao longe de fotos com "políticos de maus costumes". Espero que me entenda...se houver tempo leia a carta do Estudante de Engenharia Florestal que me chamou de "burro"...lá no primeiro ano do projeto...está no Blog...como também a resposta que fiz...ahh desculpe a grafia de "paseio" no email abaixo, na pressa de clicar creio ter engolido um "s"..fico envergonhado...pois aprecio você desde a poesia e o texto que escreveu de janela de uma pousada em Assis. Li no ano passado um belo livro de culinária e a História de São Francisco ...simplesmente genial. Que ele continue a dar a você a saúde e alegria de nos brindar com seus textos espetaculares. Abração. Adilson

29/12/11 16:24 , Luiz Eduardo Caminha escreveu:
Adilson,No fundo, conhecendo as nuances dos "políticos" deste país (Blumenau não é diferente) penso que estás coberto de razão. Deixa os meninos crescerem. Daí, qdo eles estiverem frondosos, cheios de ramos e, com certeza, estupendos aos olhos na floração, nada fará com que alguém ouse ser contrário. Daí, por certo, Faemas e "experts" da vida estarão ombreando-se a vc e o Pfau para os "flashes" das fotos. Neste país, afortunadamente, as coisas são assim. A vontade de aparecer supera qualquer boa intenção e acaba, muitas vezes, com iniciativas importantes como esta. Li a carta do Sr. Bocato , certamente algum blumenauense idiota (infelizmente, nós conhecemos alguns assim - felizmente minorias), angustiado pela mesma inveja que matou Abel. Cidadãos deste tipo, me fez recordar aqueles personagens de Dante Alighieri na Divina Comédia, quem sabe no inferno, talvez menos, no limbo. Aliás, diga-se de passagem, inveja é um dos pecaditos que são regra de vida de alguns poucos destas terras loiras. Talvez porque, incompetentes em fazer algo, não se contentam com aquilo que outros fazem e, logo, logo, pensam em destruir. Nada edificam. Vivem do caos, das cinzas de incêndios vãos e cáustico que eles próprios ateiam - Lembrei de nossas batalhas, com os invejosos da XV, uns cinco, por causa da manutenção dos Encontros de Stammtisch naquela via, lembras disto?). Mas, voltando à tal malfadada e intempestiva carta, FANTÁSTICO MESMO foi tua resposta (digna de um livro). Fenomenal. Autêntica, direta, objetiva e com uma picardia ímpar, colocando todos os pingos nos is, os tremas nos us e a bunda (do missivista) no devido lugar. Só não sei se o tal infortunato Sr. Bocato, dispõe de inteligência suficiente para compreender as nuances de teu recado. Parabéns!!! A descrição de cada etapa de tua vida é um retrato vivo de quem captou divinamente a lição do Professor Anchises. Em especial a passagem de teu tio Zéca que me trouxe rica imagem à mente, enquanto eu voava pela música dos Serranos, Tertúlia (Sou casado com uma "Urubiciense" nascida em Bom Jardim e as coisas da Serra, os causos, as conversas ao fogo de chão estão sendo estudados e serão (espero que em breve) tema de um novo livro de crônicas com o provável título "Conversas ao Fogo de Chão". A música dos Serranos, para dar uma pausa a este imenso e-mail que ousa te incomodar: Uma chamarra, uma fogueira, uma chinoca, uma chaleira uma saudade, um mate amargo, e a peonada repassando o trago. Noite cheirando a querência das tertúlias do meu pago. Tertúlia, o eco das vozes perdidas no campo afora cantigas brotando livres dando prenúncio da aurora. É rima sem compromisso, julgamento, castração onde se marca o compasso no bater do coração. Quanto aos erros, não esquenta. No correr da digitação, canso de cometê-los e... depois... arrepender-me, nada acrescenta. Estes pequenos equívocos, por certo, não abalarão NUNCA estruturas linguísticas como quer fazer o MEC desta nação de analfabetos funcionais. Obrigado pela referência a meus textos. Na ocasião do lançamento de meu livro "Stammtisch, reinventando tradições", tentei te localizar para compareceres. Não consegui, embora tenha enviado e-mail para todos os endereços de minha relação. Creio que ou não recebeste ou não o percebeste. Como o Clubinho é citado entre os 17 grupos pioneiros da festa, havia um diploma para o Grupo e para quem mais comparecesse. A estratégia seria, após o lançamento, fazer mais duas a quatro noites de autógrafos em Blumenau, de formas a permitir o comparecimento do maior número possível de pessoas. O diploma foi bolado com o intuito de contemplar todos os grupos e pessoas citadas no livro. Entretanto, minha inscrição na fila de transplantes, e o próprio, jogaram por terra minhas pretensões de divulgação do livro. Penso em fazê-lo no ano 2012. Te aviso. Deus te abençoe,
Caminha

em 29/12/2011 Adilson escreveu -
Caminha. Duas palavras : primeira: obrigado . Segunda: peço permissão a você de poder blogar estes nossos emails trocados no meu Blog Cores do Ipê. Ainda lhe respondendo: resido no Bom Retiro,Rua Hermann Hering 885, uma casa de mudas de ipês, bebedouros para beija-flores e comedouros para pássaros da natureza. Obrigado pela Tertúlia, meus pais , já falecidos são de São Joaquim. Meus irmãos nasceram em Santa Isabel, aquele pequeno distrito de São Joaquim onde minha mãe foi a primeira professora e lá naquela igreja (a antiga) casou com meu pai. Meu avô foi o primeiro balseiro da balsa do Rio Lavatudo, depois substituído pelo Tio Julio,comerciante mais tarde no trevo da rodovia de Santa Isabel com São Joaquim, aquele que tem a igreja em forma de navio. As terras de meu avô estavam nos fundos do trevo, Fazenda Santa Rita. Ouvir "causos" foram meu deleite à beira do fogo-de-chão, nas noites em que debulhávamos milho para alimentar a "criação" (Galinhas e porcos) no dia seguinte. Pedro Malazarte era meu preferido e os causos de assombração. A luz de lamparina à querozene e velas de sebo, morríamos de medo do vento Minuano que apagava nossas luzes. O vento como dizia Erico Veríssimo, era a "vaia fina que fura a frincha das portas" assoviava e cantava até pelos buracos da casa de madeira de pinho, cujos nós há muito havíamos derrubado com os dedos e serviam como "orificios secretos" para espiar as meninas em visita na fazenda..... repito quero comprar seus livros. Meu colega de ginásilo em Lages, Homero da Costa Araujo, advogado que reside em Floripa, tem vários livros de "causos"..muito divertido e com o nosso vocabulário serrano delicioso. Meu abraço amigo! Adilson. Aguardo sua autorização para blogar isso, assim como , adquirir seus livros. Ahh ia esquecendo. A Divina Comédia, li com 12 anos e morri de medo...era de uma coleção de meu Irmão mais velho, que tinha uma coleção tipo da BARSA..realmente aquele "inferno"de tantos níveis, povoou meus pensamentos por longo tempo....Abraços. Adilson.

Nenhum comentário: